30 de março de 2014

Dos carros em Xangai para os sucos e vinhos de Treze Tílias

Por: Giovana Kindlein

O maquinário fabril adaptado sobre rodas transforma o processo de produção de uma hora para outra. A pequena vinícola Kranz, de Treze Tílias, no Meio-Oeste catarinense, ora produz vinhos, espumantes e sucos, ora geléias e schmiers. Dependendo da demanda de mercado e da estratégia de vendas da empresa, a inovação tecnológica entra em funcionamento.


A vinícola não é só vinícola, é também, ao mesmo tempo, fábrica de sucos e fábrica de geleias. Como um gigante processador de alimentos três em um, a troca na disposição das peças do maquinário importado da Itália e adaptado para o Brasil permite fazer com que a uva ou outra fruta qualquer passe por um processo distinto - pasteurização ou fermentação, por exemplo - gerando produtos diferentes, como vinho, suco ou geléia.

Por conta do criativo modelo industrial, a Kranz venceu o Prêmio Nacional de Inovação no ano passado, na categoria Agente Local de Inovação Indústria. "Uma vinícola trabalha praticamente dois meses por ano. Nós trabalhamos doze meses porque adaptei os equipamentos tanto para usar na vinificação como para sucos, e também para geleias. É uma gestão diferente", diz o empresário empreendedor Walter Kranz, de 64 anos.

Os sucos são feitos com frutas frescas de alta qualidade, sem água e sem açúcar, sem conservantes e corantes. Tanto é que a cor não é intensa como frequentemente se vê nas gôndolas de supermercados. A fruta é prensada, pasteurizada e engarrafada. "É um suco 100% puro", diz o fabricante. São produzidos seis sucos atualmente: maçã, maçã com limão, maçã com morango, maçã com uva, uva e pêra com limão.

A mais nova investida da Kranz Alimentos é a produção da exótica geleia de fruta da goiaba-serrana, que está sendo pesquisada pela estação experimental da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina), de São Joaquim e Lages. A fruta é muito apreciada e consumida nas regiões onde é encontrada.

De acordo com a pesquisa, seu sabor é singular doce-acidulado e o aroma penetrante, além de apresentar atividade antibactericida, antioxidante e antialérgica. "Fizemos o primeiro lote em 2013 e foi um sucesso absoluto. Em um único dia vendemos todos os doces. As pessoas compraram tudo. Acredito que será uma fruta que vai se desenvolver muito aqui no Brasil ainda, porque ela é muito saborosa", relembra.

A competência para criar e desenvolver parece uma coisa natural no dia a dia do brasileiro, catarinense e treze-tiliense Walter Kranz, que já foi um alto executivo da Mercedes-Benz. Da globalizada montadora de carros na populosa cidade de Hangzhou, com 4,5 milhões de habitantes na China, para a fabricação de sucos e vinhos premiados na pacata cidadezinha de Treze Tílias, com 6.341 habitantes, foram longos anos de reuniões em inglês, vôos de primeira classe, estudos, úlceras, entremeadas por lembranças da infância, e um firme planejamento de voltar à terra natal aos 50 anos de idade. "Errei por dois anos, voltei aos 52", afirma.

Não foi à toa que Kranz chegou à cadeira de presidente da indústria automobilística Mercedes-Benz na China em 1996. "Eu gosto muito de inovar e sempre ir por caminhos diferentes. Na Mercedes, eu trabalhava na área de desenvolvimento e engenharia de produtos e usávamos uma metodologia, que era sempre questionar: ‘Como você pode fazer melhor? ' Nesta pergunta está a chave da evolução do mundo".

Em 2001, o empresário desafiou a aparente calmaria da cidadezinha onde nasceu e enfrentou a pesada burocracia para obter financiamento investindo em um novo empreendimento. Criou a pequena fábrica e seu objetivo é transformá-la em uma empresa de delicatessen de alta confiabilidade e qualidade.

Outro exemplo de sua criatividade pode ser visto na adoção de um sistema de cooperação das donas de casas como mão de obra na produção e envase de sucos e geléias. A iniciativa inovadora tira de casa, à tarde, em média, de 15 a 40 mulheres, dos 50 aos 65 anos de idade, que não estariam no mercado de trabalho. "A dona de casa, a mulher que se dedica a casa, normalmente, é uma boa cozinheira. É essa mulher que dá certo para trabalhar com a minha geléia, porque ela traz aquele amor. Se você come a minha geleia, você vai ver, é uma coisa feita com amor, com capricho". 

* Leia mais sobre o assunto na entrevista com Walter Kranz

Fonte: http://www.economiasc.com.br/

Compare o Centro Histórico de Florianópolis de 1950 com o atual

Imagem mostra Rua Arcipreste 
Paiva e o cenário da década de 1950
Rua Arcipreste Paiva é paralela à Praça XV Foto: Montagem sobre fotos de Betina Humeres, Agência RBS, e Acervo Velho Bruxo/ Coleção Rogerio Santana
A Rua Arcipreste Paiva, uma das principais vias do Centro de Florianópolis, é a personagem do Cortina do Tempo deste final de semana. O antes e depois mostra a comparação das imagens em 1950 e 2014 e foram feitas a partir da Praça Fernando Machado. 

A rua é paralela à Praça XV. O local onde hoje é a praça foi onde Francisco Dias Velho fundou a Vila Nossa Senhora do Desterro, em 1662. A praça recebeu árvores no século 19 - e são elas as responsáveis por taparem a vista da Catedral Metropolitana nos dias de hoje como mostra a comparação entre as imagens. 

A praça foi também o local em que cidade começou a se desenvolver, com suas ruas estreitas à beira-mar. Nos arredores da praça está o Centro Histórico da cidade com os calçamentos originais. É também ali, no Centro Histórico, que acontece todo sábado uma feira de antiguidades, dentrodo Projeto Viva a Cidade. A feira funciona das 10h às 16h.




Rua Arcipreste Paiva 2014 (Foto: Betina Humeres / Agência RBS)
























Rua Arcipreste Paiva  1950 (Acervo Velho Bruxo/ Coleção Rogerio Santana)



Fonte: HORA DE SANTA CATARINA

EMPRESÁRIO DESAFIA APARENTE CALMARIA DE TREZE TÍLIAS E INOVA PROCESSO INDUSTRIAL

Nada como um suco geladinho, de maçã com limão, em um dia quente, com a temperatura em 33 graus centígrados. A escolha do suco foi feita pelo ex-presidente da Mercedes-Benz na China, Walter Kranz, em Treze Tílias, no Meio-Oeste de Santa Catarina, e servido pela mulher, a chinesa Ao Ruirong, sua ex-tradutora e atual sócia nos negócios. No grande espaço aberto, premiações estão expostas nas paredes, e grandes mesas de madeira clara com bancos nas laterais acomodam os visitantes.

Como se autointitula "o atelier dos vinhos finos de altitude no Brasil", a Vinícola Kranz abre as portas ao público para degustação de seus vinhos premiados. O valor do ingresso para a visita com direito a experimentar a bebida custa R$ 10,00. Além dos vinhos e espumantes produzidos pela empresa, que são acompanhados de queijos e pães, também podem ser provados sucos e geléias. Foi durante uma visita dessas, antes da inauguração oficial do espaço, que o empresário concedeu esta entrevista ao portal EconomiaSC.

Como surgiu o seu negócio?

Começamos o nosso empreendimento com a KranzTransportes. Em seguida, criamos a vinícola, depois a fábrica de alimentos e a Kranz Inovações Tecnológicas Ltda. Cada uma com um determinado feeling. Mas o nosso projeto base é o vinho, espumante, suco e a delicatessen com todo o processamento de frutas, desde frutas cristalizadas e frutas secas até os chocolates. 

A Kranz tem hoje um mix de quantos produtos?

Hoje, o nosso mix chega a aproximadamente 40 produtos, dos quais 15 são geleias. Nossa ideia é formar uma empresa dedelicatessen com produtos de alta qualidade e diferenciados, como de fato já são. Os produtos são orgânicos. Estamos aguardando apenas a certificação. Nem tudo é considerado orgânico, porque algumas frutas são importadas. Então, nosso crescimento é horizontal e nosso objetivo é a diversidade. Quero ser a empresa que irá bater o recorde, provavelmente mundial, em diversidade. Explico, se você quer uma geleia da França, você vai achar aqui, ou de frutas da Irlanda até a África. Eu quero fazer sucos e geléias de todas as frutas possíveis de fazer na área de delicatessen. Eu gosto muito dessa área.

Qual é a geleia mais exótica que o senhor produz?

A mais nova e exótica geleia de fruta que está sendo produzida pela Kranz Alimentos é a goiaba serrana. Essa fruta é pouco explorada no Brasil, mas muitos estrangeiros já levaram as mudas daqui e estão vendendo mundo afora com outro nome (a denominação utilizada na literatura internacional é feijoa) com sucesso absoluto. A Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina), de São Joaquim e Lages, está desenvolvendo.

Nós somos a única empresa que está trabalhando junto com a Epagri no desenvolvimento da goiaba serrana para fins industriais de suco. Aqui nós temos uma definição muito clara que "a fruta que a Kranz usa para industrializar é a mesma fruta que você escolheria para comer".

A vinícola está presente em quais mercados?

A Kranz já está em grandes supermercados e delicatessens dos estados de Goiás ao Rio Grande do Sul. Em Santa Catarina está na rede Angeloni, e em São Paulo, no Supermercado St. Marche e Santa Luzia. Estamos em mais de quatro mil pontos de venda nesse um ano e meio de mercado.

O que fazem as outras quatro empresas?

Na realidade, das quatro empresas, as mais ativas são a vinícola e a gourmet. A de tecnologia é a detentora de todo oknow-how que a gente desenvolveu. Eu venho da área técnica da Mercedes-Benz, onde trabalhei por muitos anos. A Kranz Tecnologia é a detentora das patentes de todo o know-how. A Kranz Tecnologia representa equipamentos de alta tecnologia para vinhos e sucos.


O senhor tem várias premiações dos vinhos. 
Como é este processo e onde ficam as plantações?

As nossas uvas e os nossos vinhos são de altitude de Santa Catarina. As uvas vêm da serra catarinense, das cidades de São Joaquim, Campos Novos e Caçador. Nós industrializamos e temos parceria com os parreirais. Não compro uva. Eu troco serviço por matéria-prima. E todo o processo, assim como o envelhecimento, é feito na adega da própria vinícola. Hoje, assim dizem os entendidos, a nossa vinícola é uma das mais modernas do Brasil.

Qual é o melhor vinho que o senhor produz hoje?

Veja bem, não existe o melhor vinho, como também o meu vinho não é melhor do que dos outros. Vinho tem uma definição complexa. Vinho é um momento, é um local, uma companhia. O vinho sempre está ligado a um ambiente, a uma história, a um momento. Hoje, o nosso vinho mais premiado é... (a filha de 9 anos, Kathrin o interrompe para oferecer outro suco, um de morango, e o pai ensina como fazê-lo: "Traz o suco aqui, não leva o copo. Ela já está aprendendo e ganha uma mesada para iniciar no trabalho"). Hoje, o vinho mais premiado é um Cabernet Sauvignon 2009, o único de Santa Catarina que ganhou no sexto concurso internacional, homologado pela OIT. Eu tenho hoje nove prêmios internacionais, de 2010 para cá.

Qual é característica do vinho 
Kranz que encanta aos enólogos?

É por ser um vinho diferente. Quando eles experimentam, o vinho tem que ser agradável na boca. Não pode ser um vinho que te amarre, tem que ser um vinho floral, que te agrade. O enólogo, o especialista formador de opinião, procura isto e ao mesmo tempo, diferente. No momento que ele acha algo diferente, como o Cabernet de altitude, de Santa Catarina, que é fantástico, ele se encanta. Se os nossos vinhos fossem iguais aos franceses, o enólogo não viajaria pelo mundo para procurar novos sabores e não iria importar vinho de outros países.

Quais são os seus projetos para o futuro?

Com certeza, vou escrever. Eu gosto muito de escrever. Vou colocar essa experiência empresarial no papel. Tenho umas histórias muito interessantes para contar. Gente séria aqui sofre. Você pode ter certeza em nenhum lugar do mundo gente séria sofre mais do que aqui. Isso, eu quero colocar - e eu tenho um pouco de experiência internacional - para passar como é a dificuldade para conseguir um financiamento, seja lá onde for e as barreiras que te impedem. Essas são as dificuldades do empresário brasileiro. Nós não somos do jeitinho. Existe uma lei, existe uma norma e nós vamos cumprir.

27 de março de 2014

Monumento Frei Bruno de um angulo diferente

Imagens aéreas mostram o 
monumento e o belo vale abaixo dele

Esse é o angulo que estamos acostumados, mas no vídeo a beleza é muito maior.
(Foto: Éder Luiz.com)
O vídeo mostra de um angulo diferente um dos mais importantes e belos pontos turísticos da região, o monumento a Frei Bruno.

Usando um VANT, Veículo Aéreo Não Tripulado, Levi Garcia e o irmão, Rodrigo Gregório Garcia, foram até o monumento e captaram imagens belíssimas lá de cima.

E segundo Levi, esse não será o único. “Como trabalhamos com carnaval e turismo percebemos que não existem muitos registros turísticos da nossa região. Estudamos um pouco sobre o equipamento, que é o mesmo usado pelo exército para controle de fronteiras, e acoplamos uma câmera de alta resolução. É o primeiro vídeo de alguns que vão mostrar o que a nossa região tem de um angulo diferente”. 

Leia também - Conheça o Museu de Frei Bruno em Joaçaba



Fonte: ederluiz.com

25 de março de 2014

Inventor do nanosatélite chega ao Brasil para avaliar projetos

Depois de perder alguns de seus engenheiros aeroespaciais devido à explosão ocorrida na Base de Alcântara em 2003, o Brasil ainda está tentando compensar parte do tempo perdido, para se colocar entre as nações em condições de desenvolver satélites e colocá-los em órbita. Com esse objetivo, está recebendo desde sábado (22), 
até o dia 31, Jordi Puig-Suari, uma das maiores autoridades internacionais no desenvolvimento de satélites de pequeno porte – os nanosatélites. 


Jordi Puig-Suari é, ao lado de Bob Twiggs, o inventor dos nanosatélites. Professor de engenharia aeroespacial da Universidade Politécnica da Califórnia, ele vem ao país para fazer a revisão crítica dos nanosatélites que estão sendo construídos e que, a partir de junho, serão colocados em órbita: o NanosatBR1, o AESP-14, o Projeto Serpens, o ITASat, e o UbatubaSat. 

Com peso entre 1 e 5 quilos, os nanosatélites têm diversos tipos de aplicações. Em geral, são usados para sensoriamento remoto da superfície terrestre, por meio de fotografias de alta resolução, para a coleta de dados meteorológicos e hidrográficos, o desmatamento, as irradiações atmosféricas e outros tipos de experiências científicas.

Os nanosatélites têm vantagens em relação aos satélites normais, disse Puig-Suari à Agência Brasil após desembarcar no país. “Antes de tudo, eles têm menor custo e, pela menor dimensão, é mais barato, fácil e rápido colocá-los em órbita. São mais fáceis de serem operados e, o mais importante: têm uma engenharia de sistema mais integrada” acrescentou.

Apesar de pequenos, os nanosatélites têm todas as partes dos grandes satélites: antenas, comunicação por rádio, sistema de controle de energia, painel solar, estrutura (uma espécie de esqueleto do satélite), computador de bordo, sistemas de posicionamento e de propulsão. “A diferença é que todas elas estão em apenas um compartimento”, disse o engenheiro aeroespacial.

Esse tipo de satélite pode fazer de tudo, tanto para fins comerciais, como científicos e industriais. A Nasa [agência espacial dos EUA] e a agropecuária norte-americana usam bastante esse tipo de tecnologia. “E a tendência é que esse uso seja cada vez maior [nessas e em outras áreas]. Até porque as tecnologias estão cada vez menores”, explicou Puig-Suari.

Geralmente, os nanosatélites são mais baratos também por não usarem equipamentos específicos para satélites, e sim aqueles que são encontrados com mais facilidade no mercado. Eles não são feitos para durar muito mais tempo do que os satélites de maior porte, mas têm melhor custo-benefício.

“Esses satélites tornam o acesso ao espaço mais simples. São mais fáceis de serem construídos e é mais rápido lançá-los. Com isso, o projeto avança mais rapidamente e, no caso do Serpens [Sistema Espacial para Realização de Pesquisas em Experimentos com Nanossatélites], isso ajudará na preparação de estudantes”, acrescentou o pesquisador.

O estímulo a estudantes é o que mais empolga o coordenador de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Agência Espacial Brasileira (AEB), Jean Robert Batana. “O Projeto Serpens vai desmistificar a cultura espacial das universidades que têm o curso de engenharia aeroespacial. Os resultados e conhecimentos estimularão mais universidades e escolas, fazendo com que o Brasil entre em um novo patamar da atividade espacial”, disse Batana.

A velocidade com a qual as tecnologias são desenvolvidas é outro ponto que favorece os nanosatélites, podendo, inclusive, diminuir as diferenças com outros países já que, com elas, novos pontos de partida surgem a todo momento.

“Vislumbramos, em um futuro próximo, vários jovens criando pequenas empresas para fornecer componentes e estruturas ao mercado. E vamos recuperar um pouco da inteligência perdida em Alcântara”, acrescentou Batana. Segundo ele, esse projeto envolve mais de 100 estudantes de diversas universidades federais brasileiras.

O satélite do Projeto Serpens está sendo construído na AEB e custará R$ 3 milhões – valor que inclui os gastos com o satélite, quatro estações em terra (postos de comando) e 20 sensores que enviarão dados e se comunicarão com o satélite a partir de diversos pontos espalhados pelo país. A verba inclui a instalação de um laboratório na AEB.

“Começamos com esse projeto em agosto de 2013, e o lançamento será feito em um intervalo menor do que um ano”, comempora a professora da Universidade de Brasília UnB) Chantal Cappelletti, especialista em projetos de sistemas espaciais.

Dos nanosatélites que estão sendo desenvolvidos no Brasil, o primeiro a ser colocado na órbita será o NanosatBR1, em 1° de julho, por um foguete russo. Ele testará o comportamento de placas e circuitos em ambiente espacial e fará experimentos científicos de medição da ionosfera para auxiliar estudos sobre meteorologia e telecomunicações.

Os demais satélites serão colocados em órbita em setembro, por meio de uma parceria com o Japão, a partir da Estação Espacial Internacional (ISS). Todos estão em fase de produção em diversas universidades e institutos brasileiros – como a Federal de Minas (UFMG), de Santa Maria (UFSM), a UnB, a Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).


Fonte: Pedro Peduzzi - Agência Brasi Editor: Graça Adjuto

24 de março de 2014

A missão de salvar vidas

No estado, são mais de 110 quartéis espalhados com 2,7 mil militares que dedicam-se à tarefa de salvar vidas. 

O cabo Orides Caetano Dias - de 50 anos, possui 30 anos de corporação e diz ter muito que comemorar. “Desde 1984, quando entrei no Corpo de Bombeiros, muita coisa mudou e para melhor, como é o caso dos equipamentos e treinamentos específicos”, conta o bombeiro que é especializado em salvamento aquático. Cabo dias já atuou em Canoinhas por 10 anos, e agora atua na Companhia de Herval d’ Oeste. “A profissão é gratificante, mas requer preparo físico e psicológico, já que apesar do nosso empenho não é sempre que conseguimos salvar uma vida”.



O bombeiro acorda às 7h, e chega cedo ao quartel para verificar equipamentos e fica de plantão por 24 horas. Cabo dias folga 48 horas e mesmo nesses dias, não descansa, treina corrida e natação. Cabo Dias é um bombeiro experiente e já atuou em vários resgates, a maioria na água, quando trabalhou em praias do litoral catarinense. “Foram 18 anos realizando salvamentos nas praias e tive a oportunidade de salvar muita gente. Pelas minhas contas realizei até hoje cerca de duas mil pessoas”.

“Salvar a vida de uma pessoa não tem preço, é até difícil explicar, mas a gente fica feliz de ter esta experiência e poder ajudar as pessoas que estão em perigo”, conclui.

Saiba mais:
                 O Dia dos Bombeiro Militares  e Comunitários é comemorado no dia 2 de julho em todo o país, foi instituído pelo Decreto Federal número 35.309, de 2 de abril de 1954 pelo Presidente Getúlio Vargas assim como a Semana Nacional de Prevenção contra Incêndio e Pânico,  em atendimento às demonstrações de agradecimento do povo brasileiro pelas frequentes provas de valor e bravura dos integrantes das Corporações Militares Estaduais, para marcar os 98 anos de implantação do serviço de combate a incêndio (2 de julho de 1856). Na data, o monarca Dom Pedro II assinou o Decreto Imperial Nr. 1775, regulamentou pela primeira vez o Serviço de Extinção de Incêndios no Brasil e criou o Corpo de Bombeiros Provisório da Corte.

A mesma legislação instituiu que na semana em que o 2 de julho estiver compreendido deva ser realizada, ainda, a Semana de Prevenção contra Incêndio, visando atividades que minimizam a ocorrência de sinistros.

Sobre o CBMSC 

Atualmente são 12 Batalhões de Bombeiro Militar, com pelo menos 112 unidades operacionais em municípios (uma das melhores coberturas do serviço do Brasil) e 2.750 homens e mulheres treinados a serviço da população.

Desde as primeiras ações, a atividade de Bombeiro ampliou-se significativamente a serviço da vida. Agora, a Corporação entrega à Sociedade muito mais do que a precursora ação de combate a incêndio. Hoje em Santa Catarina o CBMSC presta serviços de excelência no combate a incêndios urbanos e florestais, atendimentos pré-hospitalares, resgates veiculares, salvamento aquático e em altura, entre outras atividades operacionais – sem mencionar a diversidade de atividades técnicas preventivas e a força-tarefa para atuação em desastres extremos.





Fonte: Paula Patussi - Diário do Vale

18 de março de 2014

Jovens Aspirantes da Escola Naval

Uma dúzia de mulheres acaba de ingressar na Escola Naval, integrando o primeiro grupo feminino a pisar, como aspirantes, o solo sagrado da Ilha de Villegagnon.

Ao ver a foto das jovens aspirantes já com o uniforme branco, uma delas escreveu um dos textos mais belos e atuais que li ultimamente. Ele não é apenas sobre Marinha, mas sim sobre o Brasil.

Por: Sra. Carla Andrade

Uma Foto e Vários Sentimentos

De todas as transformações que o nosso país enfrenta, 
não tenho dúvida que a pior delas é inversão de valores.

Não estou falando dos atores, mas da plateia.

Quem determina o sucesso de um espetáculo é o público. Por melhor que sejam os atores e o enredo, se o público 
não aplaudir, a turnê acaba.

Nós somos a sociedade, nós somos a plateia, nós dizemos qual o espetáculo deve acabar e qual precisa continuar.

Se nós estamos aplaudindo coisas erradas, se damos 
ibope a pessoas erradas, de que estamos reclamando afinal?

Somos nós que continuamos consumindo 
notícias de bandidos presos e condenados.

Somos nós que consumimos notícias de arruaceiros 
que ganham mesada para depredar o nosso patrimônio.

Somos nós que damos trela para beijaços, toplessaços, marcha de vadiaças, dos maconheiraços, dos super-heróis que batem ponto em “manifestações” (e que gostam de cozinhar-se dentro de uma fantasia num sol de 45 graus), 
e todos os tipos de histéricos performáticos que querem 
seus 15 minutos de fama.

Quando fazemos isso, estamos dando-lhes valores que não têm. Estamos dando-lhes atenção. Estamos dedicando-lhes 
o nosso precioso tempo.

Passou da hora de dar um basta nisso!

Por que os nossos jornais estão recheados de funkeiros 
ao invés de medalhistas olímpicos do conhecimento?

Por que vende-se mais jornal com notícia de um funkeiro que largou a escola por já estar milionário, do que de um aluno brilhante que supera até seus professores?

Por que sabemos os nomes dos BBBs e não sabemos os nomes dos nossos cientistas que palestraram no TED?

Por que muitos não sabem nem o que é o 
TED? Ou Campus Party

Por que um evento histórico para o Brasil como 
ingresso da primeira turma feminina da Escola 
Naval não é noticiado?

Por que um monte de alienadas com peitos de fora, merecem mais as manchetes do que as brilhantes alunas, 
que conquistaram as primeiras 12 vagas, da mais antiga instituição de ensino superior do Brasil?

Por que nós continuamos aplaudindo 
a barbárie, se ainda temos valores?

O país não mudará se nós não mudarmos o foco!

Os políticos não mudarão se nós não 
refletirmos a sociedade que queremos!

Já passou da hora de nos posicionarmos!

Ostracismo a quem não merece a nossa 
atenção e aplausos para quem faz por merecer.

Merecer! Precisamos devolver essa 
palavra para o nosso dicionário cotidiano.

Meu coração ao olhar essa foto hoje, 
se divide em vários sentimentos distintos.

Muito orgulho de ser mulher e me 
ver representada por essas guerreiras.

Elas não estão fazendo arruaça pleiteando igualdade. Elas conquistaram a igualdade estudando e ralando muito.

Elas tiveram que carregar na mão as suas malas pesadas 
no dia que entraram na Escola Naval. Não puderam 
puxar na rodinha não! Tiveram que carregar na mão 
igual aos aspirantes masculinos. 

Elas foram e fizeram.

Mas ao contrário das feministas de toddynho, 
não estarão nas manchetes dos jornais de hoje. 
E isso me evoca outros sentimentos. 

Sentimentos de revolta, de vergonha, e de constrangimento frente a essas mulheres, que não serão chamadas de heroínas por apresentadores de televisão. Mas estão dispostas morrer como heroínas por nosso país.

Parabéns Primeira Turma 
Feminina da Escola Naval de 2014. 

Vocês são a dúzia que vale muito mais que milhares!

Saiba mais sobre a Ilha de Villegagnon 
assistindo a reportagem do Fatastático:

PARTE - 1


PARTE - 2

15 de março de 2014

Baterias: mitos e verdades

A primeira bateria comercial de íons de lítio foi lançada em 1991 e, desde então, com o crescimento dos dispositivos móveis, esse tipo de bateria se tornou a mais comum. E ela vem evoluindo.

A evolução das baterias segue três pilares principais: a vida útil da bateria, a segurança e o custo. Atualmente, as baterias mais comuns são as de íons de lítio porque o lítio é um material bastante atrativo para ser usado como acumulador elétrico. As baterias de lítio não são tóxicas e, diferente das suas antecessoras, não possuem problemas com o efeito memória.

"Você tem 5 horas de autonomia, mas só usou 3 horas, por exemplo. Depois, você volta e dá uma carga e assim por diante. Isso forma um composto chamado intermetálico que isolava o material ativo, mas esse composto era de cádmio. Com a bateria de lítio, é outro material, então ele não tem este problema de efeito memória", explica Maria de Fátima Rosolem, pesquisadora / CPqD.

Sem efeito memória, não faz o menor sentido esperar a bateria descarregar inteira para carregá-la novamente. As baterias de lítio podem ser carregadas a qualquer momento e por quanto tempo você achar necessário.

Toda bateria, seja qual for a tecnologia usada, tem uma vida útil. Ou seja, um dia ela acaba. As baterias armazenam energia na forma de compostos químicos e com o passar do tempo, parte do material se torna inativo. A vida útil das baterias é avaliada em ciclos – cada carga e descarga completa representa um ciclo. No Brasil, as baterias vendidas oficialmente junto com os tablets e celulares, são todas certificadas e homologadas pela Anatel. Cada lote passa por 15 ensaios entre desempenho e segurança; os testes duram cerca de 120 dias. O mínimo exigido de uma bateria são 300 ciclos, mas já se sabe que elas aguentam muito mais do que isso; algumas ultrapassam os mil ciclos de vida útil.

O principal fator externo que influencia a vida útil da bateria – depois da sua qualidade – é a temperatura. A maioria das baterias foi fabricada para funcionar entre zero e 40 graus Celsius; nesta faixa não há qualquer perda de desempenho. Temperaturas extremas são maléficas. Muito calor acelera as reações químicas e, consequentemente, reduzem a vida útil da bateria. E muito frio diminui a velocidade das reações...

"Se você for usar o celular num clima muito frio, ele vai ter menor autonomia, só que é melhor para a vida útil, que não estaria sofrendo os processos de degradação da temperatura elevada. Só que a sua autonomia para falar todos os dias vai ser menor", completa Maria de Fátima Rosolem, pesquisadora / CPqD.

"A mudança da temperatura dentro daquela faixa de 0 a 40 graus tem a ver com a vida útil da bateria, quando que ela deixará efetivamente de funcionar - e não com a preservação da carga", afirma Renato Franzin, professor / USP

As baterias atuais são bem complexas; com sensores de temperatura e tensão, o circuito interno é seguro e impede superaquecimento do aparelho ou até casos de explosão.

"Esses sensores protegem de uma sobrecarga ou explosão quando você deixa carregando por muito tempo carregando na tomada", completa Franzin.

Aliás, exatamente por isso, tome sempre muito cuidado e evite baterias e equipamentos piratas ou de origem duvidosa. Aliás, outro alerta importante é: aconteça o que acontecer, nunca abra sua bateria – ela é lacrada para sua segurança.

"Os materiais que estão lá em contato com o oxigênio do ar podem sofrer combustão interna e pegar fogo", alerta Maria de Fátima.

O processo eletroquímico das baterias é contínuo; assim, mesmo com o aparelho desligado, a bateria perde energia armazenada. Claro, quando ela é requisitada pelo dispositivo, o gasto é muito maior. Esse fato serve para outro alerta: nunca guarde uma bateria descarregada por muito tempo...

"Na verdade, a bateria não foi feita para ficar descarregada, então os processos eletroquímicos vão acontecer numa escala diferente do que quando ela tem alguma carga. E isso deteriora a bateria um pouco mais rápido", explica o professor da USP. 

Como dissemos no início, as baterias vem evoluindo ao longo do tempo. A questão é que a evolução dos dispositivos móveis e da microeletrônica é muito mais rápida. Nas baterias, o processo de pesquisas e desenvolvimento é lento. Mas ainda assim, o futuro das baterias promete...

"É muito mais provável que você encontre um desenvolvimento no dispositivo móvel que vá promover a economia de energia e prolongar o tempo de funcionamento do que a melhoria da tecnologia da bateria", completa Franzin.  

Para se ter uma ideia, somente a substituição das telas de LCD pelo novo OLED vai representar uma economia energética nos dispositivos móveis da ordem de 25%; para nós, usuários finais, a sensação vai ser de maior autonomia de bateria.

Fonte: Olhar Digital

Vida e bem estar – Conheça os oito alimentos que auxiliam na redução da pressão arterial

Apesar de não ter cura a hipertensão 
pode ser controlada com uma dieta adequada

A cada dois minutos, uma pessoa morre em decorrência de males cardiovasculares no Brasil. Por trás 
do número indiscutivelmente alarmante, muitas 
vezes se esconde a hipertensão, um problema traiçoeiro que é capaz de permanecer anos sem dar sinais. Se a hipertensão for detectada precocemente não exige medidas drásticas de tratamento, principalmente no que diz respeito à alimentação. Muito pelo contrário: as mudanças podem até ser saborosas, como pesquisas recentes têm comprovado ao relacionar certos alimentos a um menor aperto nos vasos sanguíneos.

Em alguns casos, o efeito pode parecer pouco significativo. Mas não se engane: Pequenas reduções na pressão já têm grande impacto no organismo. Quando a pressão sistólica cai só 2 milímetros de mercúrio, há uma diminuição de 10% no risco de morte por derrame e de 7% por infarto. Daí a importância de prestar atenção nos alimentos que se consome. Isso vale até para quem não é hipertenso, porque zelar pelas artérias torna muito mais longo o caminho que leva à doença. Existem alimentos que podem auxiliar na redução da pressão, destacamos aqui oito companheiros nessa empreitada. São eles:

Suco de beterraba

Utilizar duas beterrabas para preparar o refresco. Se preferir, você pode usar o vegetal em sanduíches e saladas.

Clara de ovo

Dá para fazer ovo mexido só com a clara ou usá-la em uma omelete com legumes. Mas atenção: apesar de não haver restrição de consumo, ela tem muita proteína. O exagero diário pode, portanto, sobrecarregar os rins.

Chocolate

O doce contendo de 50 a 85% de cacau faz a pressão cair cerca de 3 mmHg. Por isso de preferência aos meio amargos e amargos. Maneire nos chocolates brancos e ao leite, que são pobres no ingrediente que derruba a pressão.

Uva-Passa

um experimento que associou a ingestão de passas a uma redução na pressão de pessoas pré-hipertensas.

Nozes

A relação entre elas e o controle da hipertensão ainda gera polemica. No entanto, em um recente ensaio clínico com mais de 7 mil pessoas, o uso das nozes e de outras oleaginosas, como amêndoas e avelãs, ajudou, sim, a evitar os picos de pressão.

Leguminosas

Ao preparar o feijão por exemplo, abra mão de temperos industrializados, lotados de sódio. Experimente refogá-lo com alho e cebola e adicionar ervas.

Chá-verde

De fato, a bebida, abastecida de polifenóis, é aliada contra a hipertensão. Porém quem é muito sensível à cafeína, outra substância do chá-verde, deve recusá-lo à noite para não ter o sono prejudicado.

Iogurte

Consumir potinhos de 200 gramas de iogurte com baixo índice de gordura a cada três dias poderia reduzir em 31% o risco de desenvolver hipertensão segundo estudos, mas em vez de simplesmente acrescentar o iogurte à dieta, é importante que ele substitua algum item calórico ou pouco saudável.

Fonte: Rádio Vitória AM

12 de março de 2014

As folhas da tília

Por Décio Cançado


Tília é o nome de uma planta, original da Austria, árvore nobre, de grande beleza, trazida por imigrantes por ocasião da 1ª guerra mundial. Há uma cidade, em Santa Catarina, com o nome de "Treze Tílias" - "Dreizehnlinden", em Alemão - fundada por Andreas Thaler; ele lhe deu esse nome baseado em um livro do poeta Wilhelm Weber, que enaltecia a árvore em suas obras.

"Havia, na minha escola, uma árvore gigante e frondosa cujos ramos cresciam ao longo do muro do pátio. O seu tronco era pequeno, mas a sua força era imensa, pois conseguia chegar ao céu. Era o que me parecia, quando a contemplava na hora do lanche para, em seguida, brincar com suas folhas. Recordo como me esticava para colher a mais bela, tão larga e verde, de tão requintado perfume que, para mim, continha em si todo um bosque. Esta foi a única árvore da minha infância, pois cresci numa rua órfã de amigos verdes. Colhia uma folha, acariciava-a por trás e pela frente, tocando a sua superfície rugosa, cheirava-a profundamente, e depois começava o ritual. Lentamente, ia despojando-a da sua carne até lhe deixar apenas as veias que sulcavam a sua enorme superfície. Faziam-me lembrar os rios e seus afluentes que iam ficando sem o verde das margens.Era a alegria de uma menina que brincava feliz sem o saber. A fragrância daquela árvore impregnava minhas mãos como uma oferenda anônima da vida que palpitava dentro dela. Cresci e nunca mais tive notícias da árvore da minha infância.


Concluí os estudos e comecei a escrever coisas muito sérias e difíceis de entender para uma criança. Dava conferências, ensinava, escrevia artigos de caráter social e conhecia muita gente. Fui pela vida sem saber que algo despertava em mim um mistério profundo, que me acompanhara desde a infância. Passei a escrever contos e poesias, até que uma amiga falou-me de uma planta, venerada pelos alemães, que crescia junto das fontes e das escolas, e que era a tília. Cantou uma canção sobre ela, cheia de saudade, e despertou em mim a curiosidade de conhecer essa árvore que inspirava tão belos sentimentos. Foi, sem dúvida, uma porta que se abriu para me mostrar a origem da magia que impregnava as minhas mãos. Um dia, ao abrir um livro sobre árvores, vi uma tília, com as folhas desenhadas em destaque. A minha memória, que permanecera adormecida, recordou a árvore que havia marcado minha infância de verde esperança. Senti um imenso amor por quem tinha sido minha companheira por um bom tempo; Fiquei mais impressionada ao ler o texto, próximo da gravura, que dizia: aquela árvore era a favorita das fadas, que nela habitavam, e deixavam impressa, em cada uma das suas folhas a fórmula mágica que iria impedir que os contos se acabassem no mundo. A criança que tocasse uma das suas folhas receberia o dom de escrever sobre as coisas sagradas deste planeta, e se nãos os escrevesse, teria que contá-las, pois a seiva havia de estimulá-la a imaginar histórias que teria de compartilhar, se não quisesse morrer de tristeza por estar tão prenhe de contos e de lendas e não poder dá-los à luz. Olhei para minhas mãos e fiquei apaixonada pelo segredo que elas continham; por ter brincado com as maravilhosas folhas da tília, tinha agora a profissão mais bonita e luminosa: descobrir a magia sagrada que impregna todas as coisas, o profundo mistério que anima a vida e escrever, depois, em forma de conto. Senti-me uma fada, porque aquela árvore mágica que crescia dentro de mim podia contar com todas as minhas forças para dar fruto. E escreveria um conto por cada uma das folhas com que brinquei.

Acredito que os contos são um dos maiores tesouros da humanidade. Eles têm-nos ajudado a viver, dando-nos forças para superar os conflitos e encontrar a luz na escuridão. Foram os canais de transmissão de uma sabedoria tão profunda que acabaram por tornar possível passar, através dos tempos, o calor da humanidade e a importância de continuarmos vivos de geração em geração. De um modo especial, os contos que nos revelam a problemática da existência, embora de forma simbólica, nos oferecem alternativas, porque hoje, mais do que nunca, temos que acreditar no poder da vida. Sabemos que as condições sociais não oferecem horizontes às novas gerações. Boa parte da juventude se destrói, absorvida pelo consumismo, a droga e a violência. E perguntamos: que acontecerá com nossos filhos, nossos alunos? Como educá-los para o mundo de hoje? A sociedade exige profundas mudanças e lança-nos importantes desafios no sentido de evoluirmos através dos grandes conflitos que surgem diariamente. A escola e a família têm de evoluir para uma educação mais consciente. É necessário que comecem a transmitir autoestima às crianças, de forma que, no futuro, possam enfrentar e transformar a realidade. É ela que permite à pessoa acreditar em si mesma e conhecer os seus recursos, a fim de ocupar o seu lugar no mundo". 

(adaptado de um texto de Rosa Badillo) 

Fonte: clicfolha.com.br

REPOSIÇÃO HORMONAL

Dra. Paula Alves Massaro
Terapia de Reposição Hormonal (TRH), é o trata-mento a base de hormônios, usado na prevenção de algumas doenças e para aliviar sintomas incômodos que ocorrem no climatério.

Climatério é o período de transição entre a fase re-produtiva (ovulações regulares e menstruações cícli-cas) e a fase não reprodutiva, que ocorre geralmente entre 45 e 55 anos. Menopausa é a fase do climatério marcada pela ausência de menstruações em um pe-ríodo de 12 meses consecutivos.
Por volta dos 40 anos, já ocorre um declínio na pro-dução dos níveis hormonais (estradiol, progesterona e testosterona) de todas as mulheres, pois os ová-rios, que são os grandes responsáveis por esta pro-dução, começam a ficar menos funcionantes.

Essa queda hormonal traz grandes mudanças na vida e no organismo da mulher. Alguns sintomas como: fogachos (calorões), diminuição da elasticidade da pele, unhas e cabelos enfraquecidos, indisposição, alterações emocionais (depressão e ansiedade), in-sônia, dores osteoarticulares (dores pelo corpo), a-trofia genital (secura vaginal, diminuição da libido e alterações urinárias), irregularidade e alterações no padrão menstrual, aumento de peso, entre outros sintomas. 

Entretanto, em torno de 15%das mulheres, não irão apresentar sintomas tão evidentes desta queda hor-monal , mas a deficiência estrogênica (hormo-nal)também resulta em alterações do sistema cardi-ovascular, ossos , sistema nervoso central, trato geni-turinário e pele, de forma silenciosa.

A TRH, como qualquer outro tratamento, tem que ser avaliada quanto aos riscos e benefícios quando indicada. Não existe um tratamento perfeito para todas as pessoas. A relação médico paciente é muito importante, pois através de exames, e uma investiga-ção cuidadosa, as dúvidas e incertezas serão escla-recidas e com a confiança estabelecida, o tratamento será escolhido para tornar o mais agradável possí-vel, esta fase, que é inevitável.

Os benefícios da TRH são: aliviar os sintomas vasomotores(ondas de calor, sudorese, dores oste-oarticulares, depressão, instabilidade emocional, desempenho intelectual); melhora a atrofia das mucosas, pele e anexos, do aparelho genital e uriná-rio, e prevenção de osteoporose e cardiopatias.

Os riscos de tromboembolismo, doença hepática severa, câncer de endométrio e mama recentes, san-gramento vaginal não diagnosticado e porfiria, são casos em que a TRH é contra-indicada. Algumas condições especiais com menor risco devem ser avaliadas caso a caso.

ALTERNATIVAS NÃO HORMONAIS COMO:

- Hábitos dietéticos (dieta pobre em gordura 
ani-mal e rica em fibras, ingestão de cálcio);
-Prática de atividade física regular 
(no mínimo 3 vezes por semana de 40 minutos);
-Exposição ao sol em horário adequado;
-Alertar contra hábitos de consumo de álcool e o tabagismo; são muito importantes e devem ser es-timuladas.
Medicamentos utilizados para outras patologias co-mo hipertensão, depressão, etc... Assim como as Iso-flavonas, podem auxiliar na melhora de alguns sin-tomas isolados.

ENTRE AS ALTERNATIVAS HORMONAIS 
PO-DEMOS OPTAR POR :

-Hormônios sintéticos como a Tibolona;
-Hormônios Bioidênticos;
-Testosterona ;
-TRH convencional (estrogênio/progesterona) isolados ou combinados variando os esquemas hor-monais quanto a dosagens, vias de administração e tempo de uso.

A saúde da mulher no climatério é afetada por sin-tomas que deterioram a qualidade e sua expectativa de vida. Por isso, atualmente é inaceitável, com tan-tas alternativas, não oferecer a esta mulher moderna alguma boa opção, se for de sua vontade, de ter uma qualidade de VIDA muito melhor!!!


Fonte: Rádio Videira AM

8 de março de 2014

Foto registra construção do Terminal Rita Maria, em Florianópolis, em 1979

Cortina do Tempo deste sábado mostra registro da construção do terminal
Foto antiga mostra obra de construção do terminal em 1979Foto: Montagem sobre fotos de Betina Humeres, Agência RBS, e Acervo Velho Lobo do Mar, divulgação
A construção do Terminal Rita Maria, um dos primeiros espaços a que os turistas que chegam de ônibus a Florianópolis tem contato, é o retratado na seção Cortina do Tempo deste final de semana. 

A foto antiga, datada de 1979, mostra o canteiro de obras da construção do terminal, algumas casas no morro e apenas dois prédios na vizinhança. A rodoviária foi inaugurada no dia 7 de setembro de 1981. A foto histórica foi encontrada pela fotógrafa Betina Humeres no grande acervo do Velho Lobo do Mar, que concentra em uma página no Facebook importantes imagens históricas de Florianópolis. E é ele quem nos conta um pouco do cenário e da vida dele, na época: 

— Naquela época eu estava noivo e ela morava em Ponta Grossa no Paraná. Eu morria de vergonha de nossa miserável rodoviariazinha lá na Mauro Ramos, e acompanhei a obra da construção do moderno terminal Rita Maria ansiosamente pra que minha amada tivesse boa impressão de nossa cidade logo na chegada. Em 1981 a rodoviária ficou pronta. Tive o prazer de receber minha futura esposa lá. No ano seguinte casamos. Não sei quem tirou esta foto, recebo fotos de marujos admiradores da memória da cidade. Eu comprei minha primeira máquina fotográfica em 1983 (dois anos depois da rodoviária ficar pronta) à época do nascimento do meu primeiro filho
— conta o Velho Lobo do Mar. 
Foto: 1978 (Acervo Velho Lobo do mar / Divulgação)
Desde 2012, a rodoviária vem enfrentando problemas na estrutura. Em fevereiro de 2014, uma reforma para ajustes de prevenção do incêndio no espaço foram concluídas. Seguem até abril as obras na reforma do telhado da estrutura.
Foto: 2013 (Betina Humeres, Agência RBS)

A origem do nome do terminal é de uma senhora negra, risonha, que morava em uma casa perto da praia, no Centro, nos tempos do antigo Miramar. Ela ficou conhecida por sua alegria e pelas benzeduras e rezas, que oferecia aos marujos que chegavam à Ilha. 

Curiosidades 

:: O terminal foi inaugurado em 7 de setembro 
de 1981 com show de Fafá de Belém 
:: O projeto arquitetônico é do 
uruguaio Yamandu J. Carlevaro 
:: A inauguração do Terminal Rita Maria contou com 
uma corrida de kart, apresentação da fanfarra do Instituto Estadual de Educação, corrida ciclística 
e um bolo gigante para a população 
:: No segundo piso do terminal funcionava um 
restaurante, que servia a famosa sopa da 
rodoviária. Era um frequentado ponto de fim de noite

Fonte: HORA DE SANTA CATARINA

6 de março de 2014

Confira como era a Praça da Alfândega de Florianópolis na década de 1960

Antiga Alfândega foi inaugurada em 1876
A circulação de pessoas é ponto forte tanto nos anos 1960 quanto nos dias atuais - Foto: Montagem sobre fotos de Betina Humeres, Agência RBS e Acervo Velho Bruxo, divulgação
A Cortina do Tempo de hoje faz homenagem a outra parte do centro histórico da cidade, a Praça da Alfândega. A foto tirada nos anos 60, e tem vista vista para o Mercado Público Municipal. 

A história da Antiga Alfândega se inicia lá atrás, no ano de 1874 e é inaugurada em 1876. João Tomé da Silva, presidente da Província de Santa Catarina na época, foi autorizado a mandar construir uma nova sede em substituição à anterior, incendiada em 1866 por razões não conhecidas até hoje.

A nova construção foi transferida para o então Largo do Príncipe, que ficava onde hoje é a Rua Conselheiro Mafra. A alfândega encerrou suas atividades assim que o Porto de Florianópolis foi desativado, em 1964. Até a década de 70 o prédio ainda era banhado pelo mar. Com a construção do aterro da Baía Sul, a frente do edifício ganhou uma grande área que foi transformada em praça, o Largo da Alfândega. 

Depois de seu tombamento e de algumas restaurações, o local se transformou em um ponto de encontro da população local e dos inúmeros turistas. Em tempos de carnaval, ali também acontecem ensaios de escolas de samba e blocos de carnaval. 

Hoje, no prédio da Antiga Alfândega, funciona a galeria da Associação de Artistas Plásticos de Santa Catarina, com espaço para exposições de artistas regionais, a Loja de Artesanato Catarinense, local em que é possível adquirir belas lembrancinhas típicas do artesanato local como renda de bilro, cachaças artesanais e panelas de barro, além do Bar da Alfândega.
1960 (Acervo / Velho Bruxo)

2013 (Betina Humeres - Agência RBS)

Fonte: HORA DE SANTA CATARINA