20 de julho de 2014

Região tem o único criadouro de macaco-prego autorizado no Brasil

Criador ganhou fama nacional após cantor Latino ganhar um macaco de presente. Preços dos animais variam de R$ 20 mil a R$ 60 mil

É no interior de Xanxerê, numa propriedade com acesso de oito quilômetros por estrada de chão, em que não passam dois carros ao mesmo tempo, que mora Vilson Carlos Zarembski. O catarinense que recentemente ganhou projeção nacional ao aparecer na Revista Veja e no programa Mais Você, da Ana Maria Braga, ganhou novos amigos no Facebook, alguns deles internacionais, e passou a ser reconhecido pela população nas ruas de Xanxerê.

O motivo da badalação são os filhotes de macaco-prego que foram adquiridos por celebridades como o atacante do Botafogo Emerson Sheik, a socialite Renata Scarpa e o cantor Latino. Zarembski é o único criador com autorização do Ibama e da Fundação de Meio Ambiente (Fatma) para vender a espécie no Brasil. O valor dos filhotes, criados em cativeiro, varia de R$ 20 mil a R$ 60 mil. O alto valor é explicado pela raridade de se ter um macaco de estimação. Zarembski vende entre oito e dez filhotes por ano.

— Quem compra é o pessoal da classe alta que quer algo diferente — afirma.

Zarembski é natural de São Domingos e sempre gostou de pássaros. Chegou a ater um criadouro conservacionista até 1998, quando fechou por causa do alto custo de manutenção, que gira entre R$ 4 mil e R$ 4,5 mil mensais. O lucro da loja de eletrônicos, que manteve por 23 anos, ia para a manutenção dos animais.

Em 2002 ele montou um projeto para o Criadouro Aves do Paraíso, com fins comerciais de primatas (macacos e saguis) e psitacídeos (aves de bico torto, como papagaios, periquitos, araras e jandaias).

Começou vendendo saguis – espécie que hoje apenas cria, já que em 2012 a comercialização foi proibida pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente em Santa Catarina. No mesmo ano um cliente de Florianópolis sugeriu a criação de macacos-prego e ele buscou quatro exemplares no Centro de Triagem de Animais Silvestres de Florianópolis, para onde vão animais resultado de apreensões.

Famosos que compraram macacos-prego de Xanxerê

Emerson Sheik – atacante do Botafogo (RJ)
Renata Scarpa – socialite, irmã de Chiquinho Scarpa
Dinho Diniz – empresário
Latino – cantor
André Poloni – adestrador
Gilberto Miranda – adestrador
Ricardo Almeida – estilista 

Animais exigem cuidados especiais

Atualmente, Zarembski tem cerca de 200 animais, sendo 40 macacos-prego, 60 saguis e cem aves. A venda dos macacos-prego é o Destaque. Ele acredita que é o único com criadouro comercial de macaco prego pelo custo e pela dedicação que exigem os animais.

— Damos oito refeições por dia a eles — afirmou Zarembski.

Os macacos comem frutas, carne moída, quirera – milho quebrado – e o mesmo leite que é dado para bebês. Para o dono do criadouro, um dos encantos do macaco-prego é ter algumas atitudes parecidas com os humanos, como estender a mão para cumprimentar as pessoas.

Além disso, os filhotes usam fralda. Se forem treinados, dão até salto mortal.

— É como cuidar de um bebê — comparou.

Apesar de ter se tornado reconhecido, o catarinense de São Domingos não é muito ligado à fama. Ele mora numa casa simples com a mulher Raquel e a filha caçula, Isadora, de um ano e quatro meses. Lá também recebe a visita dos quatro filhos do primeiro casamento, sendo que um deles ajuda na criação dos animais de estimação, junto com um veterinário, uma babá para os macacos e outra funcionária para limpeza.

Ele fechou a antiga empresa para atualmente se dedicar exclusivamente aos animais. Ver os filhotes na televisão é uma realização pessoal.

— Sinto orgulho em ver o trabalho reconhecido nacionalmente — disse.


O sucesso tem servido de estímulo para Zarembski ampliar os negócios. Com pedidos da Irlanda, dos Estados Unidos e da Alemanha, ele planeja realizar um projeto para conseguir autorização para exportação.

Publicado Em 15/07/2014

Fonte: Darci Debona - DC

Novo Renault Sandero chega ao mercado

Com design marcante e o maior espaço interno da categoria, o novo hatch da Renault oferece conteúdos inéditos

A primeira geração do Sandero, lançada mundialmente no Brasil há sete anos, foi criada levando em conta o gosto e as necessidades do consumidor daqui. Por isso, o desenvolvimento do carro foi realizado por designers e engenheiros sediados no país. As vendas que já somam 500 mil unidades comprovam o sucesso do modelo no mercado.

Referência em robustez, em espaço interno e com maior porta-malas da categoria, o Sandero agrada tanto às famílias, como aos jovens solteiros, que procuram um carro bonito, prático e bem equilibrado e faz parte do principal segmento do mercado brasileiro, o de hatches compactos.
O Novo Sandero é construído sobre uma nova plataforma, ou seja, uma nova estrutura, novo sistema elétrico, novo sistema de freios, de direção e novas suspensões. Um visual mais dinâmico e sofisticado caracteriza o Novo Sandero. As linhas do carro seguem uma nova identidade de design global da marca.

Outra novidade é o novo motor 1.0 16v Hi-Power, que estreou no Clio e é oferecido também no Novo Logan. Com quatro válvulas por cilindro e potencia de 80cv (abastecido por etanol), oferece muito mais economia. Prova disso, é a Nota A, recebida pelo Sandero no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular. 

O MAIOR ESPAÇO INTERNO DO SEGMENTO 

O interior do Novo Sandero pode oferecer de 8 a 11 porta-objetos, conforme a versão. As laterais das portas dianteiras e traseiras, dispõem de porta-mapas e porta-garrafas – na frente é possível levar recipientes de até 1,5 litro. O grande porta-luvas tem capacidade de 5,7 litros. Uma novidade que aumenta a praticidade é o comando interno de abertura do porta-malas, que é o maior da categoria, com 320 litros de capacidade com o banco traseiro e a capacidade do porta-malas se eleva até aos 1.196 litros. 

INOVAÇÃO ACESSÍVEL 

O Novo Sandero conta também com o Media NAV 1.2, com tela touchscreen de sete polegadas integrada ao painel, o Media Nav 1.2 dispõe das funções Eco-Coaching e Eco-Scoring, além de GPS e Bluetooth, rádio e visualização da temperatura externa e “pop-up” com informações do ar-condicionado automático.

A função Eco-Scoring avalia a condução do motorista ao final de um percurso, levando em conta o momento certo para a troca de marchas, a regularidade da velocidade, o consumo e a quilometragem percorrida. A função Eco-Coaching, que orienta o condutor para dirigir de modo mais econômico.

Com a conexão Bluetooth, é possível fazer ligações telefônicas para os contatos registrados no celular, ter acesso ao histórico de chamadas e deixar os números registrados no sistema, tudo com visualização pelo display. Outros equipamentos oferecidos para o Novo Sandero incluem o piloto automático, que evita que o motorista, inadvertidamente, ultrapasse a velocidade máxima permitida na via. 

EFICIÊNCIA COM MAIS ECONOMIA 

O Novo Sandero é oferecido com duas opções de motorização: 1.0 16v Hi-Power e 1.6 8v Hi-Power, ambos conhecidos pelo bom desempenho e eficiência no consumo de combustível. Os dois motores são flexíveis, consumindo tanto gasolina como etanol, ou qualquer mistura de ambos. São quatro novas versões do Novo Sandero:

- Authentique 1.0 16V Hi-Power
- Expression 1.0 16V Hi-Power
- Expression 1.6 8V Hi-Power

- Dynamique 1.6 8V Hi-Power













Fonte: Informe Publicitário

14 de julho de 2014

Padrão longa vida made in Treze Tílias

Foto: Tirol,divulgação
A maior marca de leite longa vida do Brasil é a Tirol, da austríaca cidade de Treze Tílias, no Meio-Oeste de SC. A liderança foi conquistada com produtos de qualidade durante quase quatro décadas. Fundada por 32 sócios, hoje é controlada pelas famílias Rofner e Dresch, com o mesmo percentual de capital. A sintonia no comando é tanta que Adalberto Rofner (E), diretor industrial e Tarso Dresch, diretor comercial (D) fizeram questão de responder a esta entrevista em conjunto, por e-mail.

Como foi o início das atividades da Laticínios Tirol?

O contrato social que deu início à empresa foi assinado pelos 32 sócios fundadores no dia 26 de setembro de 1974. Atualmente, além das famílias Dresch e Rofner, que controlam a empresa, as famílias Auer, Gschwendtner e Scholl também fazem parte do quadro societário.Nos primeiros dias de atividade, a Tirol captava, em média, 80 litros de leite por dia. Já no primeiro mês aumentou para 200 litros fornecidos por cerca de 150 produtores. No início, o mix de produtos era limitado a leite pasteurizado, queijo, manteiga e creme de leite (nata).

A Tirol é a marca de leite mais vendida hoje no Brasil. Como chegou lá?

Segundo dados do Instituto Kantar WorldPanel, atualmente, a Tirol é a marca de leite mais vendida no país. Essa conquista é resultado do comprometimento que a empresa tem com a qualidade dos produtos que chegam à mesa dos consumidores e também com o desenvolvimento das regiões onde a marca está inserida. Nosso trabalho de qualidade e segurança alimentar inicia no campo com um trabalho muito forte da equipe de fomento onde mais de 100 colaboradores atuam diretamente nas propriedades rurais propondo novas alternativas de manejo e técnicas para melhorar a produção. Hoje, mais de 8 mil produtores de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás fornecem à empresa. Processamos diariamente cerca de 2 milhões de litros de leite.

Quantas são as unidades fabris?

Temos unidades produtivas em Treze Tílias e Chapecó em Santa Catarina; e plantas terceirizadas no Paraná e Goiás. Juntas, elas empregam mais de 1,2 mil colaboradores.

A Tirol informou que vai investir em nova fábrica. Como está esse projeto?

Estamos em fase de estudos de viabilidade operacional, estrutural e logística a fim de ampliarmos nossa área de atuação. Já temos um orçamento definido para uma nova unidade, o que nos resta é a definição do local.

O que impacta mais o setor?

A indústria láctea possui variações significativas de acordo com o posicionamento da economia e conforme as variações climáticas. Em média, alcançamos um índice de crescimento de 10% ao ano. Esses números, nos últimos cinco anos, permitiram expansão significativa à Tirol, conquistando novos mercados com o aumento da rede de distribuição e representação. Para 2014, a expectativa é mantermos esse ritmo de crescimento.

A companhia diversificou e conta, hoje, com uma linha de lácteos ampla. Quantos produtos tem e quais os maiores desafios nessa diversificação?

A empresa fabrica mais de 200 diferentes produtos, entre eles leites, iogurtes, requeijões, queijos, manteigas, requeijões, bebidas lácteas, sobremesas, cremes de leite e leite condensado. Entre os desafios assumidos está o de sempre proporcionar os melhores produtos atendendo as mais variadas segmentações de mercado.

Como investe em pesquisa, desenvolvimento e inovação?

A Tirol tem equipes internas qualificadas que promovem toda a pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, política de expansão e qualidade por meio de análises laboratoriais em todo o processo, desde a coleta da matéria prima até a destinação do produto industrializado para o consumidor. Além disso, temos parcerias com instituições e consultorias que complementam esse trabalho. Todas as provas dos novos produtos são analisadas pelo Sistema de Inspeção Federal (SIF) instalado dentro de nossa unidade produtiva localizada em Linha Caçador, em Treze Tílias, que regulamenta e analisa se os produtos estão de acordo com as normativas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Quais fatores conjunturais mais dificultam a atuação da empresa no Brasil?

A quantidade de impostos, a falta de infraestrutura de estradas vicinais, de rodovias, e o êxodo rural em especial são as principais interferências ao crescimento do mercado de lácteos no Estado e no país. É urgente a necessidade de promover investimentos significativos nos acessos às propriedades, na distribuição de energia elétrica, na infraestrutura de transporte e no incentivo ao desenvolvimento tecnológico de um modo geral.

Pequenas propriedades

Um dos pontos altos da Tirol é que tem como fornecedores pequenas propriedades rurais que atuam com assessoria técnica da própria empresa. Líder na comercialização de leite no país, é a maior companhia do setor com capital nacional. O empenho pela produtividade e qualidade vem desde o início. A Tirol ajudou os produtores na compra de genética de bovinos de leite da Áustria, Uruguai e do Rio Grande do Sul.

Gestão familiar

A segunda geração de imigrantes austríacos está à frente da companhia. Tarso Dresch, 52 anos, é graduado em Gestão Empresarial, e Adalberto Rofner, 34 anos, em Direito. Como é uma empresa de capital fechado, eles preferem não revelar determinados números. Mas a força da Tirol na bucólica Treze Tílias é grande. Prova disso é a série de caminhões-tanque carregados de leite que circulam lentamente nas rodovias da região. O mesmo acontece em outras regiões do Brasil.

Fonte: http://wp.clicrbs.com.br/estelabenetti/2014/07/14/padrao-longa-vida-made-in-treze-tilias/?topo=67,2,18,,,77

6 de julho de 2014

Diferencial de Treze Tílias está embutido nos produtos do Grupo Kranz

TREZE TÍLIAS – A qualidade e o diferencial estão entre as metas do empresário Walter Kranz. Ele poderia viver em qualquer lugar do mundo, mas em 2001 resolveu investir no sonho de ter o próprio negócio em Treze Tílias, cidade onde nasceu e considera ideal para manter as raízes.
Com experiência de alto executivo da Mercedes-Benz chinesa, o dono do Grupo Kranz – que reúne a Kranz Transportes, a Vinícola Kranz, a Kranz Alimentos e a Kranz Tecnologia – é descendente de austríacos e vê o Tirol brasileiro como um local muito diferente de outros lugares do mundo. “Não é só uma questão de berço”, diz, completando: “Esse sentimento de comunidade, de paternidade, de união, de sociedade, é algo que ficou na gente muito forte. E eu nunca esqueci”.


O grupo tem apostas variadas de mercado, que incluem planos futuros para a produção de embutidos de carne de alta qualidade, como as salsichas típicas alemãs. Na ponta da lança dos trabalhos está a produção de vinhos de altitude, que figuram entre os melhores do país e têm renome internacional. Os espumantes da marca também são bebida oficial de eventos importantes, como o tradicional São Paulo Fashion Week.

“Vim para cá fazer algo diferenciado, como quase tudo que é feito nessa cidade. Santa Catarina é sinônimo de qualidade”, diz o empresário do Grupo Kranz, referindo-se à missão das empresas que montou: “O conceito é fazer produtos diferenciados, de alta confiabilidade. Não nos preocupamos com quantidade, mas com qualidade”.

Para manter as criações no topo dos gostos mais refinados, o empresário aposta em tecnologia de ponta, aliada aos produtos fartos na região, como frutas e grãos. “O vinho é que dá o glamour da marca. Abaixo dele, no guarda-chuva da marca, vem os outros produtos que dão sustentabilidade, como sucos e geleias. É uma linha completa, cuja marca é sustentada pelo vinho, onde temos chance de caprichar”.

Um diferente inexplicável
Com passaporte carimbado em várias partes do mundo, Walter Kranz poderia ter escolhido qualquer outro lugar para fixar raízes. Mas preferiu se render, além do apego sentimental à terra natal, às magias tirolesas que figuram em uma pequena cidade brasileira. “Treze Tílias é diferente. E é um diferente que a gente não consegue explicar. Turistas voltam aqui porque se sentem bem”, afirma. “É um conjunto de coisas que faz dessa cidade uma das mais visitadas do Estado. Os próprios austríacos quando vêm pra cá ficam encantados. Então Treze Tílias tem algo a mais”.

Kranz vai produzir sucos da Galinha Pintadinha

Além dos 70 mil litros de vinho e 120 mil litros de espumantes que produz anualmente, a Vinícola Kranz deve encarar um novo desafio frente ao paladar sincero das crianças. A marca é a responsável pelos sucos de caixinha da Galinha Pintadinha, o personagem infantil mais badalado do momento.
Para começar em grande estilo, a produção entra no mercado com 1, 2 milhão de caixas mensais, com vendas concentradas principalmente em São Paulo onde, segundo Walter Kranz, além do comércio nos supermercados há uma fatia de mercado que inclui a personagem em 70% das festas infantis.


Feito de frutas frescas, sem açúcar, água e conservantes, o suco deve projetar ainda mais a marca e o nome de Treze Tílias nos demais estados brasileiros.

Publicado em: 1 de julho de 2014

Fonte: Você Cidade - Treze Tílias

Joaçabense relata aventura histórica

Três amigos saíram de Joaçaba em 1971 e percorreram a América em um Ford 1929 até Detroit no Estados Unidos


Lembranças de uma aventura que poucos repetiram
nas mesmas condições. (Foto: Éder Luiz.com.
As demais: Arquivo cedido por Paulo Breda)
Uma grande aventura marcou a vida de três joaçabenses que no distante ano de 1971 cortaram a América Latina em direção aos Estados Unidos em um Ford 1929. Paulo Breda, 19 anos, Oscar Branco, 21 anos, e seu irmão Valter, 20 anos, resolveram encarar o desafio no começo daquele ano, no dia 5 de janeiro, rumo a fábrica da Ford, em Detroit. Os joaçabenses percorreram 16.000 quilômetros, por 13 países, em 45 dias.

Quem detalhou a história ao Portal Éder Luiz.com foi Paulo Breda, 62 anos, que ainda mora em Joaçaba. Ele contou que o sonho começou a se desenhar no natal de 1970, quando os irmãos Branco foram até a casa dele e informaram a seu pai que tinham o desejo de levar Paulo junto com eles. A conversa rendeu a permissão e no dia seguinte todos já estavam em Curitiba fazendo os passaportes. 

No dia 2 de janeiro os amigos saíram de Joaçaba novamente em direção a Curitiba para comprar os pneus que usariam no veículo, mas não encontraram e tiveram então que ir até Porto Alegre para adquirir. Depois foi a hora de sair do país e a primeira tentativa foi pelo Paraguai, mas como o veículo não estava em nome de nenhum deles acabaram barrados, a solução foi ir pela Argentina, onde utilizaram uma carta de apresentação da Ford de Curitiba, que servia como uma espécie de apresentação do trio e explicava os objetivos da viagem. 

A primeira dificuldade foi a comunicação. “Nós três fizemos espanhol na faculdade, mas na hora da prática não ajudou em nada”. Disse Paulo. A outra dificuldade, como já era esperado, foi o Ford, que quando começou a subir a Cordilheira dos Andes, sofreu com os problemas da altitude. “Tivemos dificuldades em subir a Cordilheira, não sabíamos dos problemas que a altitude causava. Mexemos em tudo no carro, tínhamos peças para reposição, mas não adiantava. Para nossa sorte passou um argentino e disse que era normal e para que parássemos de mexer”.

Já na entrada do Chile os amigos pararam para dormir em um hotel, na cidade de La Serena, no início do Deserto do Atacama. “Na cidade fomos a uma revenda da Ford e fomos muito bem recebidos e nosso carro foi consertado. O problema era na bomba d´água. A partir daquele dia, por conta do deserto e do sol forte, resolvemos andar à noite, mas na primeira tentativa andamos 20 quilômetros e o carro começou novamente a dar problema na bomba, que aquecia. Nessa hora o Oscar foi mexer e estourou a ventoinha, furando o capô, por pura sorte ninguém se feriu”. Conta Paulo.

O Ford teve que ser rebocado e a viagem se tornou muito difícil, pois de dia no Atacama o calor era escaldante e à noite muito frio. Além disso, os aventureiros sofriam com a falta de comida. Mas a viagem não parou e com o carro em melhores condições eles passaram pelo Chile, depois Equador e Peru, não sem que um deles sofresse com a altitude, Oscar teve que ficar internado em um hospital por conta das sequelas. 

Já na Colômbia os três tiveram que tomar cuidado ao atravessar o país. “Lá havia problemas de guerrilhas já naquela época e fomos orientados a não ir pelas estradas. Então, embarcamos num navio e viajamos dois dias, passando pelo Canal do Panamá. Entramos pelo Oceano Pacífico e desembarcamos no Atlântico”. Ainda segundo Paulo, como resultado dessa viagem no navio surgiu uma história de amor. “Foi no navio que Oscar conheceu a esposa e ali começou uma relação que durou por toda a vida”.

Na América Central as dificuldades foram às exigências de cada país. “Em cada fronteira era um parto. Em El Salvador não queriam deixar que entrássemos. Fomos obrigados pelos guardas da fronteira a fazer a barba, já que existia uma revolta no país e não soava bem homens barbudos”.
Já no México a situação melhorou e o Ford ganhou um descanso em uma oficina, quanto os amigos alugaram outro veículo e foram ao famoso balneário de Acapulco, onde ficaram dois dias.

Quando chegou a hora de entrar nos Estados Unidos a burocracia mais uma vez foi a maior dificuldade. “Chegamos à divisa do México com o Texas e tivemos dificuldade para entrar. Houve um contato com o cônsul do Brasil e novamente a carta de apresentação da Ford foi importante. Depois de muita burocracia ganhamos um visto de 10 dias, mas tínhamos que atravessar o país para chegar até Detroit, onde estava a fábrica da Ford”.

Os amigos seguiram firmes no propósito e conseguiram chegar até Detroit, mas antes de chegar à fábrica da Ford houve mais um problema. “A engrenagem da marcha quebrou, mas mesmo assim insistimos e chegamos. Para nossa sorte, um dos diretores que veio falar com a gente era casado com uma brasileira. Fomos convidados a jantar na casa de um amigo deles, que era outro brasileiro e fizemos uma bela amizade”.

Já no final da viagem os amigos estavam sem muito dinheiro e contaram com a ajuda dos novos amigos para poder comprar as passagens e voltar ao Brasil, desta vez de forma menos aventureira. O Ford 1929 ficou sob os cuidados dos amigos que moravam nos Estados Unidos. “Anos depois os Oscar foi novamente a América para tentar ver do carro, mas não encontrou mais”. Disse Paulo.

Sobre o resumo da aventura, Paulo conta que foi inesquecível e que da forma como foi feita se tornou histórica. “Foi uma viagem sem preparo algum, ninguém acreditava que iríamos chegar. Quando voltei meu pai disse que me deixou ir por que acreditou que não iríamos longe, mas fomos”. 


Os amigos, anos mais tarde, até cogitaram fazer a viagem novamente e com um veiculo do mesmo modelo. Esse era o maior desejo de Oscar Branco, que infelizmente faleceu sem antes poder realizar. Mesmo assim são poucas as pessoas que podem ter uma história como essa para contar. A aventura é considerada até hoje um feito histórico para o automobilismo mundial.





Fonte: ederluiz.com

Doação de Sangue

Doação de sangue é o processo pelo qual um doador voluntário tem seu sangue coletado para armazenamento em um banco de sangue ou hemocentro para um uso subseqüente em uma transfusão de sangue. Trata-se de um processo de fundamental importância, pois nada substitui o sangue. Hoje em nosso país segundo o ministério da saúde, para manter os estoques de sangue regulares, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que é preciso de 1,5% a 3% da população doem sangue regularmente.

Um dos fatores que fazem os hemocentros precisarem cada vez mais das doações é o aumento de 65,3% no número de transplantes realizados no país nos últimos sete anos, os quais precisam de transfusão. O Ministério da Saúde também anunciou a publicação de uma Portaria com novos critérios para a doação de sangue no Brasil e a possível ampliação da faixa etária para doação. Está publicada, no Diário Oficial da União de 14 DE JUNHO DE 2011, a Portaria 1.353, que estabelece o novo Regulamento Técnico de Procedimentos Hemoterápicos, com novos critérios para a doação de sangue no Brasil. A nova legislação inova ao ampliar a faixa etária para candidatos à doação. Jovens de 16 a 17 anos (com autorização dos pais ou responsáveis) e idosos até 68 anos também poderão doar sangue no País. Pela norma anterior, a doação era autorizada para pessoas com idade entre 18 e 65 anos. Com a ampliação da faixa etária para doação, a expectativa do governo federal é ampliar o volume de sangue coletado no Brasil que atualmente chega a 3,5 milhões de bolsas por ano. A ampliação da faixa etária para doação de sangue é baseada em evidências científicas, comprovadas por estudos internacionais. Nos Estados Unidos, por exemplo, a Associação Americana de Sangue (ABB) já havia aprovado que jovens com idade entre 16 e 17 anos e também idosos com mais de 65 anos pudessem doar. As novas diretrizes relacionadas à idade dos doadores também já vigoram em países europeus.

"A decisão de ampliar a faixa etária está, ainda, afinada à tendência de crescimento da expectativa de vida da população brasileira", acrescenta o coordenador de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Guilherme Genovez. 

O processo da doação do sangue é muito simples e seguro não expõe a qualquer risco de contaminação, pois todo o material utilizado é descartável. O volume coletado é de aproximadamente 450 ml, isto representa em torno de 10% do total em um adulto que é rapidamente reposto pelo organismo, na maioria das vezes surgem duvidas entre os doadores vale à pena salientar que ao doar seu sangue ele na vai engrossar e nem afinar e também você não precisa ser doador para sempre. No Brasil, o Ministério da Saúde exige a realização de alguns procedimentos específicos antes e depois da doação, a fim de prevenir complicações para o doador e contaminação para o receptor durante o período de janela imunológica de doenças, o candidato irá passar por uma entrevista que tem o objetivo de dar mais segurança a você e aos pacientes que receberão a doação, na qual seu histórico médico, seus hábitos e suas condições de saúde são verificados e anotados num questionário, com o objetivo de certificar-se de que a doação não será prejudicial ao doador e nem ao receptor. A entrevista é realizada individualmente, por profissional capacitado, não sendo permitida a presença de acompanhantes. Ao término da entrevista, verificam-se a pressão arterial, a pulsação e a temperatura. Além disso, uma pequena punção digital (que é um pequeno furo na ponta do dedo) é feita a fim de obter uma gotícula de sangue para determinação rápida da hemoglobina (teste de anemia). A coleta é realizada numa cadeira na posição semi-sentada. Uma veia de um dos braços é puncionada e um volume de 400ml a 450ml é coletado numa bolsa plástica, que contém solução anticoagulante e preservante. Cerca de 40 ml de sangue são coletados para execução dos exames laboratoriais para doenças infecciosas transmissíveis por transfusão e tipagem sanguínea. Finalizada a coleta, o doador é encaminhado à sala do lanche para alimentar-se e ingerir líquido.

Não poderia deixar de comentar da importância da doação da medula óssea, existem dois tipos de medula: o espinhal e a óssea. A medula espinhal tem por função transmitir impulsos nervosos. A medula óssea, que é encontrado no interior dos ossos, é a responsável pela produção de sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas). É a medula óssea que é doada e usada nos transplantes de medula. 

O que é transplante de medula óssea, é a substituição de uma medula doente por uma sadia com a finalidade de recuperar sua função. Os portadores de leucemias são os doentes que mais se beneficiam dos transplantes de medula, este procedimento é a única esperança de cura para milhares. As chances de encontrar uma medula compatível é, em media, de 1 em 100 mil. Por isso, é muito importante um numero elevado de voluntários cadastrados para aumentar a possibilidade de se encontrar um doador compatível. Pode ser realizada a coleta no mesmo instante da doação de sangue. 

Doar sangue é um gesto gratificante. Alem de trazer satisfação pessoal, esta atitude salva vidas. Cada vez que alguém decide ser um doador, é mais uma vida que se renova.

A Enfermeira Daniele Cubas Fontana 
fala mais sobre o assunto.









Fonte: Rádio Videira AM