26 de maio de 2015

Como a doação de leite beneficia os bebês?

Alguns motivos podem impossibilitar que a mãe ou o bebê participem da amamentação, como por exemplo, crianças prematuras e/ou de baixo peso que estão internadas. Quando isso acontece é necessário alimentar os recém-nascidos com leite doado por outras lactantes. Por isso, é tão importante manter os estoques de leite cheios.

A bibliotecária Andréia Norberto de 43 anos, moradora do Rio de Janeiro, enfrentou esta situação nos primeiros dias de vida do filho Davi. “Meu bebê nasceu com uma síndrome e precisou ficar alguns dias na UTI. Durante este tempo ele precisou receber leite, pois eu não podia amamentá-lo ainda. Quando a gente se vê nessa situação é que descobrimos como a doação de leite é importante. São muitas as crianças que nascem prematuras e existem mães que, naquele momento, mesmo que tenham leite, não podem amamentar o bebê no peito”, conta.

A experiência com a doação de leite para o Davi motivou Andréia a se informar e se tornar também uma doadora. “Cheguei até a doar um pouco para o banco de leite nestes dias no hospital. Foi muito importante também a orientação do banco de leite para aprender como ordenhar o leite. Se for possível, eu quero continuar a doar. Por enquanto está suprindo a alimentação dele, mas se tiver sobra de leite, irei doar para outras crianças que precisam”, completa a mãe.
Antes de chegar aos recém-nascidos, o leite doado passa por testes de qualidade e por um processo de pasteurização. Como é destinado a crianças com estado de saúde frágil, o leite não pode apresentar microrganismos capazes de representar riscos à saúde. 
Sensibilizada com a situação de outros bebês e com uma boa produção de leite, a jornalista Melina Sales, brasiliense, 34 anos, doou o excesso para o banco de leite da maternidade em que a filha nasceu. “Como minha filha amamentou exclusivamente no peito, todo leite que eu tirava mandava para doação. Me senti feliz de poder colaborar com as outras mães que tiveram dificuldades durante o período da amamentação. Gostaria que fizessem o mesmo por mim, se precisasse. É fácil, simples e ajuda as mães e os bebês”, conta.

Caso conheça um bebê que necessita de leite, o Ministério da Saúde recomenda buscar um banco de leite para doações. Não é aconselhado que as mulheres amamentem crianças que não são seus filhos, pois pode ocorrer o que é chamado de contaminação cruzada - quando a mulher ou o bebê possuem alguma doença que pode ser transmitida pela amamentação. A criança amamentada pela própria mãe já recebeu anticorpos para algumas doenças durante a gestação e está protegida.


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14 de abril de 2015

Conheça o Ford 1929 e as histórias de um colecionador de carros antigos de Joaçaba


Em uma garagem no bairro Tobias em Joaçaba seu Idalinos Roso, de 83 anos, guarda verdadeiras relíquias da história automotiva. Ele restaura carros que foram e ainda são o sonho de consumo dos apaixonados por estes veículos. O vô Magro, como é carinhosamente chamado, sempre gostou de carros antigos, mas sua paixão como colecionador foi maior por um Ford 1929. O Fordinho trás lembranças mais profundas no vô Magro, que viu o primeiro quando ainda era menino no Rio Grande do Sul, em Nova Bassano, onde morava com a família. “Quando eu era criança gostava de um Ford 1924 que tinha na minha cidade. Quando cresci um pouco o que mais chamou minha atenção foi um Ford 1929. Eu adorava aquela buzina, a ug-ug”. Contou, referindo-se ao som que buzina faz.


O Vô Magro é quem dá a manutenção e fabrica algumas peças para os carros.

Fordinho 1929.
O Vô magro veio para Joaçaba com a família quando tinha 13 anos. Trabalhou como mecânico durante boa parte da vida, por isso é ele mesmo quem fabrica algumas peças e dá a manutenção necessária para os carros. Atualmente está restaurando um Ford Tuder , trabalho que iniciou há 7 anos. Diferente do Fordinho 29, o Tuder foi fabricado todo fechado, sem a capota removível, o vô explica que era por causa das nevascas nos Estados Unidos. Na oficina estão ainda uma Brasília e um Fusca original. Tudo cuidado com muito capricho.



O Ford Tuder que está sendo restaurado.
O velho Ford do Vô Magro já andou por muitos lugares, percorreu inclusive a América do Sul em várias exposições e mostras. Com orgulho, conta que no Paraguai foi recebido na Capital pelo presidente e seus ministros. Mas não é só isso, o carro já levou quase 200 noivas até a igreja. Sempre que convidado o Vô Magro, que se orgulha disso, serve de chofer para as noivas. O vô Magro também fundou o clube de carros antigos de Joaçaba. Atualmente ele é um dos mais antigos colecionadores do Estado.

A família também tomou gosto pela paixão do Vô Magro, a filha Margareth, carinhosamente chamada de Goga, conta que cresceu vendo o pai trabalhando e andando com os carros. “É uma paixão que passou de geração em geração. Sentimos muito orgulho do trabalho que ele desenvolveu com os carros e é muito bonito ver toda essa dedicação”.

Vô Magro segura uma das fotos de suas viagens.
No Paraguai foi recebido pelo presidente.



Aproveitamos e demos um passeio por Joaçaba. Entrar no Fordinho e sair pelas ruas provoca realmente uma sensação de voltar ao passado, ainda mais ouvindo as histórias das viagens contadas pelo Vô. Com motor adaptado o Ford 29 não se assusta com os morros, a buzina ug-ug é a marca registrada do veículo. Perguntei ao Vô Magro se ele ainda tem disposição para continuar restaurando os carros, entre lágrimas a resposta é que não. “É uma paixão muito grande, mas também muito serviço, agora é só pra andar mesmo”.

























7 de março de 2015

Conheça o Museu de Frei Bruno em Joaçaba




O Museu retrata a figura do religioso que todos os anos reúne milhares de pessoas em Joaçaba. No Museu estão alguns objetos pessoais de Frei Bruno como a boina preta que ele usava, a cama simples onde dormia, um relógio que ganhou de presente, o manto que cobriu seu rosto durante o velório, manuscritos, fotos, uma bengala e outros objetos. “Mediante esses objetos a intenção é fazer com que a gente, as pessoas cresçam com a simplicidade que era marca de Frei Bruno que fez voto de pobreza” explicou o padre Paulo Ramos da Silva.

   Os objetos estavam numa sala improvisada e agora foram colocados num ambiente novo e apropriado para visitação de pequenos grupos de até 10 pessoas. O Museu e aberto a visitação de segunda a sábado em horário comercial. Padre Paulo diz também que a Igreja está em busca de outros objetos de Frei Bruno. “Quem tiver fotos, ou outros objetos, podem doar que terá seu nome num livro de colaboração”.

Por Marcelo Santos

















Fonte: Rádio Catarinense

Estudo relaciona consumo de café a artérias mais limpas

Beber três ou quatro xícaras de café por dia pode ajudar a evitar o entupimento das artérias, um fator de risco para as doenças cardíacas. A conclusão é um estudo sul-coreano publicado nesta semana no periódico Heart.

A pesquisa foi realizada com mais 25 mil homens e mulheres, com idade média de 41 anos e sem sintomas de doenças cardiovasculares. O objetivo era investigar a relação entre consumo de café e a presença de cálcio nas artérias, um indicador de aterosclerose. Essa doença é caracterizada pelo depósito de placas de gordura nas paredes das artérias, o que causa o entupimento dos vasos ou a redução do fluxo sanguíneo.

O estudo concluiu que média de cálcio nas artérias das pessoas que ingerem três ou quatro xícaras de café por dia é 10% menor em relação àquelas que tomam de uma a três xícaras, e quase 20% menor se comparada aos indivíduos que bebem menos de uma.

As evidências sugerem que o consumo de café poderia manter uma relação inversa ao risco de doenças cardiovasculares, conforme a pesquisa feita por cientistas do hospital Kangbuk Samsung, na Coreia do Sul.

Os pesquisadores advertiram, no entanto, que são necessárias novas pesquisas para confirmar o resultado e encontrar uma explicação biológica dos efeitos do café na prevenção do infarto.

Fonte: Rádio Videira AM 

Paracetamol em excesso expõe pacientes a riscos, alertam cientistas

Pesquisadores ingleses alertaram, nesta terça-feira, para a possibilidade de médicos subestimarem os riscos a que estão expostos seus pacientes com o uso prolongado do paracetamol, o mais popular entre os analgésicos.

Doentes crônicos que recorrem ao medicamento - usualmente, pessoas que costumam ingeri-lo diariamente e em grande quantidade por vários anos - tendem a aumentar o risco de morrer ou então desenvolver problemas renais, intestinais e cardíacos, afirmaram os estudiosos.

Liderada por Philip Conaghan, no Instituto de Medicina Reumática e Músculo-esquelética, a equipe analisou dados a partir de oito estudos já publicados sobre o uso frequente de paracetamol. As informações disponíveis referem-se apenas a pessoas que tiveram o remédio receitado por um médico e não incluíram quem compra na farmácia por conta própria.

Um desses oito estudos tinha constatado uma taxa maior de letalidade, de até 63%, comparando usuários do paracetamol com quem não tinha sido receitado no período em que o estudo foi realizado. Outras quatro pesquisas concluíram elevado risco de problemas cardiovasculares, variando de 19% a 68%. O risco de hemorragia gastro-intestinal e outros efeitos colaterais no intestino chegou ao máximo de 49%.

Por fim, em três dos trabalhos acadêmicos referenciados houve acordo quanto à ingestão de paracetamol causar problemas no sistema renal. Em todos os casos, os riscos se relacionavam com a quantidade de remédio ingerido - em outras palavras, quanto maior a dose, maior o risco, como publicado no jornal britânico Annals of the Rheumatic Diseases (Anais de Doenças Reumáticas).

"Mesmo o risco sendo baixo na maior parte das vezes, os médicos deveriam ser cautelosos ao receitar a droga", alertaram os pesquisadores.

Eles explicaram que a análise não foi conclusiva a respeito do fato se morte prematura e problemas de saúde seriam causados por uma doença subjacente mais do que pelo paracetamol.

- O paracetamol ainda é o analgésico mais seguro, e este estudo não deveria fazer com que as pessoas parem de tomá-lo. De posse desses resultados, é aconselhada a menor dosagem em um tempo mais curto e necessário - disse Nick Bateman, professor em toxicologia clínica na Universidade de Edimburgo (Escócia).

Outro especialista no tema, o professor Seif Shaheen, na área de epidemiologia respiratória na Universidade Queen Mary, em Londres, concordou com Bateman ao afirmar que "a revisão sobre os efeitos do remédio, dadas as limitações, não fortaleceu a evidência de efeitos prejudiciais causadas pelo paracetamol".

- Porém, seria prudente realizar novas e rigorosas pesquisas sobre possíveis efeitos prejudiciais em torno da droga, usada com frequência - acrescentou.

Amplamente recomendado como o primeiro passo para acabar com várias dores, o paracetamol é tido por muitas pessoas como mais seguro do que aspirina e ibuprofeno. O novo estudo levou a outras conclusões na pesquisa: na comparação com outros remédios, o paracetamol pode não ter qualquer vantagem para o tratamento de osteoartrite, reumatismo e dores agudas na coluna lombar.

À luz disso, "deve-se levar em conta um uso mais cauteloso", como sustentado no artigo. "Os médicos devem estar atentos às reações individuais de cada paciente ao paracetamol, observando o aumento no grau de toxicidade quando a dosagem for maior e por um período regular"

Fonte: Rádio Videira AM