7 de julho de 2015

1983, o Ano da Devastação - Joaçaba e Herval d´Oeste

Foto da época mostra o local onde existia 
ponte Emílio Baumgart, levada pelas águas.

O ano de 1983 jamais sairá da memória de todos os moradores da região Meio-Oeste do Estado. Há 32 anos, no dia 7 de julho daqueles ano, o Rio do Peixe se transformava em um mostro assustador, que com sua fúria provocou destruição em todos os municípios do vale. Desde Caçador, até Capinzal, todas as cidades que se ergueram ao lado das águas tranquilas do rio viram patrimônios serem devastados, numa catástrofe da natureza que até hoje, ainda, não teve precedentes. As fotos reunidas pelo Portal Éder Luiz, enviadas por leitores que infelizmente não conseguimos identificar, mais aos quais agradecemos pela colaboração, dão a noção exata do que foram aqueles dias.

Relatos da época, como o do radialista Ailton Viel, dão uma noção do que se passou no dia 7 de julho de 1983, quando as águas tomaram conta das áreas centrais das cidades de Capinzal e Ouro.


“Às 6 horas da manhã acordei com um telefonema do então prefeito Celso Farina me falando que precisava da ajuda da emissora, pois o rio está subindo rápido e precisava de todos os funcionários da Prefeitura para socorrerem as famílias que moravam na rua Beira Rio”. Ali residiam mais de 100 famílias”.


Estação em Herval d´Oeste. A água virou até os trens.


Viel foi então verificar a situação do rio, que já saía de seu leito. Chovia muito em todas as cidades da região e as águas continuavam a subir. Do município de Ouro, o prefeito da época, Domingos Boff, também conclamou seus funcionários, pois já estavam ocorrendo quedas de barreiras e as águas ameaçavam os veículos e equipamentos da Prefeitura.


O rio Capinzal, que corta o centro da cidade, e desemboca no rio do Peixe, foi sendo represado e suas águas subiam a medida em que subiam as águas do rio do Peixe, invadindo estabelecimentos comerciais e industriais. As estradas da região começaram a apresentar problemas, o trânsito na SC-303 foi interrompido, o centro da cidade de Lacerdópolis estava tomado pelas águas e barreiras haviam caído na rodovia de ligação com Joaçaba. O tráfego de veículos ligando Capinzal e Ouro à região de Joaçaba, foi desviado pelo interior de Ouro.


Avenida Caetano Branco, principal ligação entre
Joaçaba e Luzerna foi tomada pelas águas.


Com a chegada da noite, surgiam rumores de que a ponte Irineu Bornhausen em Capinzal não suportaria a correnteza. A ponte pênsil, pouco abaixo, já tinha sido levada pelas águas. O rio subiu até o início do dia 8. Por volta de meia-noite e meia ele começou a baixar, mas em alguns pontos o nível chegou a quatro metros acima da pavimentação das ruas.


Ao clarear o dia 8 de julho já não chovia mais. Ouro e Capinzal a exemplo das demais cidades do Vale do Rio do Peixe passavam a contabilizar as perdas provocadas pela maior enchente da história. Em Capinzal, 96 residências desaparecerem das margens do rio, 116 famílias ficaram desalojadas. Centenas de outras famílias desabrigadas. Praticamente todo o centro comercial foi tomado pelas águas. Os prejuízos eram incalculáveis.

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Cai um monumento – O fim da ponte Emílio Baumgart

Vídeo resgata história da ponte Emílio Baumgart


Uma perda Histórica

Em Joaçaba e Herval d´Oeste a apreensão também não era pequena. As pessoas se aglomeravam nas ruas próximas ao Rio do Peixe para ver aquele “espetáculo” assustador que a natureza proporcionava. Famílias ribeirinhas corriam contra o tempo, vendo que a chuva não dava tréguas e que a água do rio aumentava seu nível. As rádios locais informavam que na região de Caçador a chuva também não parava, essa era uma informação preocupante. Enquanto chovesse na nascente, mesmo que nos demais municípios parasse, o nível continuaria aumentando.


Em Luzerna a parte baixa e mais próxima do rio já era devastada pela força das águas. As residências ao longo da Avenida Caetano Natal Branco também. A enchente mostrava seu poder assustador arrastando vagões e até mesmo locomotivas na estação de Herval d´Oeste. Mas, a prova de que aquela era mesmo a maior catástrofe que já assolou a região estava ainda por acontecer.


Imagem do Centro de Luzerna.


Joaçaba e Herval d´Oeste se orgulhavam de ter a maior ponte construída sem auxílio de escoramento, fato inédito na história do concreto armado no mundo, a Emílio Baumgart, que levava o nome do engenheiro que a construiu. A ponte possuía o maior vão livre conhecido na época (68,5m) e foi construída por um método revolucionário devido a sua altura em relação ao rio e às suas repetidas cheias.

Mas, nem mesmo o que foi projetado para suportar ás águas, resistiu. Na madrugada do dia 8 de julho, pelos relatos de quem morava perto da ponte, só se ouviu um grande estrondo e foi possível perceber que a estrutura havia sucumbido.


A destruição foi gigantesca e reconstruir era a palavra de ordem. As lições do passado foram compreendidas, mas ainda hoje é possível perceber que alguns abusam da benevolência do rio do Peixe, que no ano passado chegou a assustar bastante, com a maior cheia desde 1983.


Área da antiga Perdigão, hoje BRF, totalmente tomada pelas águas.
Neste momento a ponte Emílio Baumgart já não existia mais.






























 

Fonte: http://www.ederluiz.com.vc

Estudantes e professoras relembram enchente de 1983 em Videira

Trabalho de pesquisa e resgate foi feito 
na Escola Padre Bruno na Vila Verde



Há exatos 32 anos, o Vale do Rio do Peixe vivia a pior tragédia causada pela natureza. O ano de 1983 jamais sairá da memória dos moradores da região meio oeste catarinense. O Rio do Peixe se transformou em função das chuvas e a força das águas provocou destruição em todos os municípios por onde passa. De Caçador, até Capinzal, todas as cidades que se ergueram ao lado das águas tranquilas do rio viram patrimônios serem devastadas, numa catástrofe da natureza que até hoje, ainda, não teve precedentes.

A enchente de 1983 atingiu 135 cidades de Santa Catarina, deixando 198 mil desabrigados, pelo menos 48 mortos, até hoje não há um número oficial, e 32 dias de isolamento total. Em oito de julho Santa Catarina decretou estado de calamidade pública. A Força Aérea Brasileira (FAB), que atuou durante todo o resgate, sobrevoou por 1.320 horas transportando 3.889 pessoas. A enchente deixou gravada na memória de muitas pessoas os momentos de angústia e aflição pelo evento climático.

Em Videira não existe grande quantidade de material que retrata essa história, porém a professora Josi Sambonin da Escola Padre Bruno na Vila Verde, está a cerca de dois anos realizando uma pesquisa sobre o assunto. Recentemente, no Concurso Cultural Repórter na Escola promovido pela Rádio Vitória e a Gerência Regional de Educação de Videira (GERED), a enchente de 1983 foi tema do trabalho. As professoras Josiane Sambonin e a Graziela Kubiak orientaram o trabalho dos alunos Paloma, Natália, Tainara, Carlos Henrique e Carlos Eduardo, que teve o tema "Enchente de 1983". O material sonoro é apresentado na voz dos próprios alunos.

As fotografias nessa matéria foram enviadas por 
ouvintes e internautas da Rádio Vitória AM






Fonte: Rádio Vitória AM 

17 de junho de 2015

Mãe de Joaçaba monta Quarto Montessoriano para seu filho

O Sistema Montessoriano de educação foi criado pela médica e educadora Maria Montessori e tem como principal base a busca pela libertação do indivíduo e da sua real natureza.

A ideia da utilização do método é observar e compreender as crianças, para que a educação se desenvolva com base na evolução e não o contrário.

Nas salas de aula montessorianas, a partir de um modelo construtivista, as crianças tem a liberdade de escolher as atividades propostas, com a utilização de materiais didáticos especiais que estimulam todos os seus sentidos.

Entre os materiais didáticos utilizados pelas educadoras, podemos destacar os exercícios para a vida cotidiana, material sensorial, de linguagem, matemática e ciências. A maioria dos materiais são constituídos por peças sólidas de diversos tamanhos, formas e espessuras diferentes; coleções de superfícies de diferentes texturas e campainhas com diferentes sons. A ideia é que as crianças possam ser estimuladas e desenvolver diferentes percepções a partir de sua utilização.



Baseada nessas premissas, uma mãe do município de Joaçaba, resolveu criar para seu filho, um quarto Montessoriano. Todo o espaço foi construído para que a criança pudesse explorar o ambiente e assim desenvolver suas habilidades.

De acordo com Fernanda Fiório, ela já conhecia o Método Montessori antes da reforma do quarto. Porém, após decidir colocar seu filho em uma escola que utiliza o método, ela passou a aplicar os ensinamentos no dia a dia.

“Desde que matriculei meu filho no Centro Educacional Girassol, a escola passou a me fornecer panfletos e materiais que auxiliam na forma de educar. Foi a partir do aprofundamento em relação ao método, que pude montar o quarto como ele está hoje”, salienta Fernanda.

Fernanda ressalta que uma das maiores mudanças que ela pôde observar em seu filho após a reforma do quarto, foi sua alegria e independência. “Hoje meu filho explora o quarto. Ele acorda, alcança o brinquedo que ele quer brincar. Outra questão é a segurança. Tenho a certeza de ele estar bem naquele ambiente”, cita.



Para se criar um ambiente Montessoriano, os pais devem optar por disponibilizar para as crianças, brinquedos educativos, chocalhos, quebra-cabeças, tabuleiros e cadeiras feitos de madeira. Móveis e brinquedos de madeira, auxiliam no desenvolvimento do apreço e gosto pela natureza.

O mais importante é que todos os objetos possam estar ao alcance das mãos das crianças, dispostos de uma forma que elas mesmas possam organizá-los após brincar. Isso criará uma independência para a criança, que não necessitará tanto da mãe ou outro adulto para auxiliar no dia adia com os brinquedos. Segurança e conforto são essenciais para o bom desenvolvimento dos bebês.

O bom gosto na escolha dos objetos que irão compor o quarto é imprescindível. É a partir desses detalhes que se formará o caráter e o gosto da criança.

Fonte: http://www.ederluiz.com.vc

13 de junho de 2015

Arte sobre rodas: Conheça um Luzernense que coleciona miniatura de carros

A equipe de reportagem da Rádio Catarinense pegou carona nesta sexta-feira (12) com a paixão de um colecionador de carros em miniaturas. O repórter Paulo César acelerou ao lado de Antônio Fernando de Meda, um Luzernense, que tem como hobby o automodelismo. Ele transformou uma sala na casa onde mora em garagem para centenas de carrinhos, muitos deles raros e que não são encontrados na região ou em qualquer loja de brinquedo.  Antônio Fernando relatou que desde criança sempre gostou de carrinhos e que modelos que via através da TV despertavam seu interesse. Há cerca de 6 anos iniciaram os investimentos com as compras das primeiras unidades, um hobby que foi crescendo. Hoje ele é um dos principais colecionadores da região. O maior número de miniaturas é de carrinhos na escala de 1/64 polegadas, ou seja, 64vezes menores do que o tamanho real. Nesta proporção são mais de 500 unidades, sendo muitas delas raras, como é o caso de Toyota Supra da Matel e um Lotus do carro de corrida que era pilotado pelo eterno Ayrton Senna. Antôni participa de exposições e de eventos onde as miniaturas ficam expostas ao público. 

Confira abaixo algumas fotos dos carrinhos do colecionador.

Por Marcelo Santos




















Fonte: Rádio Catarinense