25 de fevereiro de 2014

Celeiro da geração de energia elétrica

Responsável pela geração de quase 70% da energia consumida pelos catarinenses, a região da Amures é detentora do maior potencial hídrico 
do Estado.

Entre a unidade de Barra Grande, em Anita Garibaldi e a unidade da Enercan, em Campos Novos, a capacidade instalada de geração supera 1.5 mil mega watts.

O presidente da Tractebel Energia, Manoel Zaroni Torres, explica que o sistema elétrico nacional é interligado e faz com que a energia circule entre todos os estados.

Em função disso, há pouca influência na oferta interna de energia se o estado é exportador ou importador de energia. Mas o ganho para o estado exportador verifica-se, principalmente, em função dos tributos gerados na região.

Segundo ele, as tarifas de distribuição são estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

“Uma delas é o custo da energia, que possui uma tendência de crescimento acima da inflação, uma vez que a implantação de novas unidades de geração tem, de modo geral, custo maior que as já implantadas”, informou.

Com atuação nacional, a Tractebel Energia produz energia em 11 estados. São 21 usinas entre hidrelétricas, termelétricas, pequenas centrais hidrelétricas e eólicas.

Sozinha a Tractebel é responsável por cerca de 7% do suprimento do mercado brasileiro de energia e em Santa Catarina, opera as hidrelétricas de Machadinho e de Itá. A geradora atua também no complexo termelétrico Jorge Lacerda e a Usina de Cogeração Lages.

Estas unidades totalizam 2.416 mega watts instalados, mas parte desta geração é considerada como produção no Rio Grande do Sul.

O que explica Manoel Torres é que o Estado possui um grande potencial de pequenos aproveitamentos hidrelétricos a serem construídos.

Como é o caso da Usina de Cogeração Lages, que opera a partir de resíduos da indústria madeireira.

Ele cita, ainda, a energia eólica com bom potencial de crescimento, apesar de o Estado não possuir a mesma regularidade de ventos que se observam no nordeste brasileiro.

Sobre as chamadas energias renováveis, Manoel Torres disse que a Tractebel tem adotado como prioridade crescer por estes meios.

“Com esta política já nos próximos anos teremos mais de 85% de nossa geração total obtida a partir destas fontes”, revelou.

O diretor da Tractebel observa que são necessárias novas hidrelétricas, que são uma fonte renovável, mas cuja implantação exige que rios sejam represados, o que altera o ecossistema existente anteriormente.

O maior empreendimento energético de Santa Catarina, a usina hidrelétrica Campos Novos demandou recursos da ordem de R$ 1,5 bilhão.

Sozinha a unidade é responsável por 27% da demanda de energia do Estado. E hoje responde por um significativo incremento na economia regional, principalmente dos municípios de Campos Novos, Celso Ramos, Abdon Batista e Anita Garibaldi.

O recolhimento de royalties aos municípios da área de influência, após o início de operação da usina, permite melhorar a qualidade de vida das populações desses municípios.

Desde que a Usina Hidrelétrica Campos Novos iniciou a operação, em fevereiro de 2007, o montante repassado já alcançou cerca de R$ 110 milhões, o que equivale a uma média mensal de R$ 1,3 milhão.

A compensação é paga em função da geração de energia. E o montante é proporcional: quanto maior a geração, maior o valor repassado. São recursos, portanto, garantidos e que permitem aos municípios concretizar obras e serviços.

Para os prefeitos, esses recursos são fundamentais para manutenção de ações de infraestrutura básica e empreendimentos voltados à população.

Só Anita Garibaldi chegou a receber em um mês R$ 279 mil provenientes de compensação financeira.

Em alguns casos é este dinheiro que ajuda os prefeitos a enfrentar as crises decorrentes de quedas de arrecadação de recursos como do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e ICMS.

Uma nova expectativa de investimento na economia dos municípios cortados pelo rio Canoas é com a Usina Garibaldi.

Fotos: Divulgação
Fonte: www.clmais.com.br

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